O isolamento social por conta da pandemia do COVID-19 trouxe aos condomínios um número maior de pessoas ocupando o espaço ao mesmo tempo e com a necessidade ainda maior de ter a manutenção do condomínio em pleno funcionamento.

De acordo com o Advogado e presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), José Roberto Graiche Júnior, as administradoras de condomínio foram muito perspicaz ao perceber o direcionamento da pandemia e ampliar os canais de comunicação com os condomínios para evitar o avanço do contágio.

Mesmo sem o contato físico, por conta dos decretos de fechamento temporário das empresas para atendimento presencial ao público, muitas administradoras de condomínios criaram medidas para prevenir a propagação do novo coronavírus, inclusive com a redução do número de funcionários circulando.

José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC

“O desafio foi manter as áreas limpas, as portarias protegidas e planejadas para eventuais ausências de funcionários e todos os equipamentos e sistemas em pleno funcionamento: elevadores, bombas d’água, caldeiras, geradores e tudo mais que envolve a rotina de um condomínio. Cuidar de tudo isso em um período de crise e confinamento foi muito importante para transmitir segurança, tranquilidade e bem-estar aos moradores. Nosso maior desafio é não deixar interromper nenhuma atividade nos empreendimentos administrados, sejam elas operacionais ou burocráticas, mesmo com a mudança de forma de trabalho que fomos obrigados a seguir, trabalhando de portas fechadas sem atendimento ao público e em home office”, avalia José Roberto Graiche Júnior, que também é vice-presidente do Grupo Graiche.

O síndico também ficou mais em evidência com esta situação de pandemia. Afinal, é dele o dever de manter o condomínio em pleno funcionamento e em harmonia – o que, com carga máxima de moradores ao mesmo tempo no condomínio, não se torna uma tarefa tão fácil.

É do síndico a função de comandar o condomínio e de estar na linha de frente das decisões mais acertadas para evitar o caos dentro do lugar, garantindo também a segurança de todos. E ainda lidar com crianças isoladas em seus apartamentos; condôminos ‘teimosos’ que não querem respeitar as diretrizes de confinamento ou que querem usar piscina ou parquinho, por exemplo.

“O síndico atua como o ‘prefeito’ destas ‘pequenas cidades’, comandando os processos, delegando funções e reforçando as ações de prevenção junto aos moradores. O desafio é conciliar os interesses de diversos condôminos confinados com o uso de áreas comuns, execução de reformas e obras, respeito ao silêncio para home office, entre outras necessidades dessa nova rotina pós quarentena. Para gerenciar tudo isso o síndico deve agir com bom senso, estimular o engajamento de todos e investir em uma boa comunicação”, lembra o presidente da AABIC.

Para José Roberto Graiche Júnior, em momentos de crise, a administradora de condomínios prova porque é essencial a um condomínio.

“Acredito que o isolamento e a obrigatoriedade de lidar com diversas situações inusitadas e emergenciais, bem como mudanças bruscas em legislações, serviram para ‘mostrar’ para muitos da comunidade condominial a importância da empresa administradora na condução dos processos, na especialização da área e na experiência em lidar com situações de crise das mais diversas. As administradoras estão provando que já possuíam todo um aparato de mobilidade, segurança, comunicação e transparência para que o condomínio continuasse mantendo suas atividades. Nosso trabalho ficou mais perceptível aos olhos de todos!”, disse ele.