Apartamento ou apertamento? Para acomodar o maior número de pessoas possível em um único espaço, as construtoras desenvolvem unidades habitacionais cada vez mais compactas. Afinal, o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas.

Para o engenheiro civil Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon Incorporadora e Construtora, as pessoas optam por morar em espaços menores em busca de melhor qualidade de vida.

“Viver em empreendimentos menores significa habitar em uma área bem localizada, próximo das principais vias de acesso, com os principais modais de transporte disponíveis e próximos, perto de faculdades e das vias de comércio. Não podemos perder um tempo em deslocamento só para ter disponível uma imensa sala de jantar para ocasiões especiais. A tendência não é viver em espaços menores, a tendência é reinventar o jeito de morar para ganhar qualidade de vida e poder aproveitar tudo que a cidade pode oferecer”, disse Frankel.

“Propomos empreendimentos que se adequem a cada fase da vida do nosso cliente, com conforto e com qualidade de vida. Não tenho orgulho do espaço reduzido, tenho orgulho da solução que estou oferecendo para uma pessoa”
Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon Incorporadora e Construtora

Potencializando esta inclinação por moradias menores, existe uma tendência mundial por morar sozinho.

“Estamos vivendo a hipermodernidade em que o individualismo está acentuado e as pessoas passaram a viver mais sozinhas”, disse à imprensa a socióloga Rosana Schwartz.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 45% do total de casas na Dinamarca são habitadas por apenas um morador – e os 10 países com mais pessoas que vivem sozinhas estão na Europa.

A pesquisa apontou também que 14% dos domicílios brasileiros são habitados por uma única pessoa. A escolha por morar sozinha tem as mais diversas razões – autonomia, independência financeira, emancipação feminina, separação conjugal, viuvez, mudança de cidade, entre outras.

A estilista Lucila Moreira resolveu morar sozinha quando mudou de Leme, no interior paulista, para a capital São Paulo.

“O motivo da minha mudança foi a faculdade em outra cidade e não quis dividir apartamento, porque as pessoas têm costumes diferentes. Morar sozinha é poder comandar sua casa do jeito que quer e ter liberdade de saber que posso fazer qualquer coisa sem a limitação ou preocupação de incomodar outros habitantes da casa”, explica a paulista.

Mas o isolamento e a privacidade em um lugar com localização privilegiada pode significar viver em um espaço bem reduzido. “A única desvantagem de morar sozinha é não ter com quem dividir as contas”, acredita Lucila.

O impacto desta mudança de comportamento social pode esbarrar nas limitações financeiras, pois, obviamente, o custo de viver sozinho é maior que compartilhar despesas em família. Com a vida financeira estabilizada, mais de 60% dos brasileiros com a faixa etária acima dos 50 anos optam por morar sozinhas.

Sempre atenta às necessidades do mercado consumidor brasileiro, a indústria da construção civil vem criando alternativas para solucionar os anseios do brasileiro.

A Vitacon, por exemplo, é responsável pela construção de studios com 10m². O empreendimento está localizado em uma região nobre da cidade de São Paulo, o bairro de Higienópolis, e reúne serviços diferenciados para os proprietários.

“Propomos empreendimentos que se adequem a cada fase da vida do nosso cliente, com conforto e com qualidade de vida. Não tenho orgulho do espaço reduzido, tenho orgulho da solução que estou oferecendo para uma pessoa que antes gastava horas em deslocamento e trânsito para chegar ao trabalho, depois para a faculdade e por fim, exaustivamente, mais horas para voltar para casa. Não podemos compactuar com isso. Nossa obrigação é prever necessidades”, argumenta presidente da incorporadora.