Em média 3 milhões de clientes em atraso com a Caixa Econômico Federal terão a oportunidade de renegociar as dívidas. O banco anunciou que vai lançar um amplo programa para tentar reaver cerca de R$ 4 bilhões, com o intuito de estimular a economia. Os inadimplentes podem conseguir desconto de até 90%.

A renegociação se concentrará em clientes com renda de até 5 salários mínimos.

Ainda sem data para lançamento do programa, a renegociação se concentrará em clientes com renda de até 5 salários mínimos. De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a iniciativa deve recuperar pelo menos R$ 1 bilhão do estoque total de débitos.

O programa também tem o intuito de diminuir o prejuízo da Caixa, retomando o crédito. Segundo o Pedro Guimarães, são cerca de 2.6 milhões de pessoas (físicas) que estão negativadas, que poderão renegociar as dívidas.

Além disso, o presidente se posicionou para reestruturar as linhas de crédito imobiliário. Para tal, pretende-se que o IPCA ou a tabela Price sejam a base de correção das linhas, e não apenas a TR, taxa referencial de juros que hoje determina a correção monetária dos empréstimos.

“Isso é importante porque o mercado compra IPCA. A gente acredita que vai conseguir mais de r$ 10 bilhões em carteira de crédito com essa mudança, ou seja, 400 mil pessoas, ou 46 mil imóveis”, diz Guimarães.

IPCA na economia

Trata-se do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Medido mensalmente pelo IBGE, ele é considerado, pelo Banco Central, o índice brasileiro oficial da inflação ou deflação. Ou seja, a taxa de IPCA vai refletir diretamente boa parte dos investimentos. O relatório de Mercado Focus, divulgado recentemente, pelo Banco Central, aponta que a mediana para o IPCA de 2019 passou de 4,04% para 4,07%. Já a projeção para 2020 ficou em 4,00%.