A virada econômica e o fim da recessão são pontos fundamentais para o crescimento do Brasil. O mercado imobiliário ainda sente os reflexos do momento financeiro, mas vislumbra com certa euforia o pacote de medidas adotado pelo governo federal para despertar o reaquecimento da economia.

As consecutivas reduções da taxa Selic têm efeito significativo para o mercado imobiliário. Com o crédito imobiliário mais acessível, mercado consumidor e construção civil criam uma engrenagem de consumo formada a partir desta vantagem.

Para o engenheiro civil e presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Roberto Fernandes, o cenário econômico está favorável à compra de imóveis.

“2018 é o ano da compra e vai ser muito positivo para as imobiliárias, porque o consumidor vai aproveitar a redução na taxa de juros e o crédito imobiliário mais barato para investir em imóveis. Ano que vem, com certeza, o preço do metro quadrado vai subir”, acredita Roberto Fernandes.

O valor do metro quadrado é avaliado a partir de uma série de fatores, inclusive do estado em que o empreendimento está localizado. Em Goiás, por exemplo, a metragem vale em média R$ 5 mil.

O consumidor vai aproveitar a redução na taxa de juros e o crédito imobiliário mais barato para investir em imóveis

“Goiás tem um dos metros quadrados mais barato do país. Então, não tínhamos como sentir tanto o impacto negativo da crise. Porém, temos muitas unidades em estoque que, com o reaquecimento da economia, será vendida”, comenta o engenheiro civil.

Representantes da indústria e do comércio imobiliário nacional frequentemente se reúnem para articular estratégias de desenvolvimento e pioneirismo do setor. O déficit habitacional brasileiro é de cerca de cinco milhões de moradias.

“O brasileiro tem comportamento dinâmico e suas necessidades mudam constantemente – alguns casam, outros separam, por exemplo. Por isso, o mercado imobiliário e a construção civil precisam estar prontos para atender a demanda. Em 2018 vamos alinhar ideias e desenvolver projetos para colher resultados em 2019”, disse Roberto Fernandes.