Carlos Ruschel, diretor da imobiliária Imóveis Crédito Real

Após um período considerável de crise econômica, muito se fala sobre o atual momento de reaquecimento e retomada do mercado imobiliário. Para se destacar neste cenário, algumas empresas estão se reposicionando com inovação e tradição.

“O Brasil tem regionalidades muito distintas e, em momento de recessão, os comportamentos de mercado apresentam variedades relevantes. Percebo que há um reposicionamento das incorporadoras a uma nova realidade de consumo de moradias, bem como, uma adaptação aos novos comportamentos dos compradores e das famílias”, observa o diretor da imobiliária Imóveis Crédito Real, Carlos Ruschel.

Para Ruschel, é nítido que há uma expectativa de melhora, que ainda aguarda o período eleitoral e a posse dos novos governantes para que haja um foco adequado ao setor da construção civil por ser gerador de emprego e pelo déficit habitacional ainda presente na maior parte das cidades brasileiras.

Falando em eleições, o diretor da empresa gaúcha lembra que a instabilidade política está diretamente relacionada ao mercado imobiliário.

“A decisão do investidor e do pequeno comprador sofrem influência direta, visto não transmitir estabilidade para uma decisão que comprometerá a renda”.

A Imóveis Crédito Real atua no Rio Grande do Sul e, de acordo com Carlos Ruschel, o estado passa por uma crise sem precedente.

“A ausência de investimentos do estado em infraestrutura e a forte crise nacional impactaram os negócios nos últimos dois anos. Algumas incorporadoras reduziram os lançamentos e há estoque a ser comercializado de ótimos produtos”.

Com vasta experiência no mercado de imóveis, Carlos Ruschel enfatiza que é fundamental para o reaquecimento do mercado perceber que os jovens hoje não têm mais como objetivo de vida criar patrimônio, mas sim ter uma boa experiência e vivência.

“Há um leve otimismo para 2019, tanto no comportamento do novo comprador, como na oferta de produtos. O foco no compartilhamento e em espaços menores parecem ser ‘a bola da vez’ e, certamente, teremos um mercado imobiliário muito diferente do que temos hoje”.