A conectividade aproximou as pessoas em qualquer lugar do planeta e mudou o formato de fazer negócios em todos os setores da economia. Com o setor hoteleiro não foi diferente. A internet e as facilidades da tecnologia fizeram surgir novas formas de acomodação e contratação delas.

Em recente palestra em Maceió, o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, apresentou os impactos das plataformas digitais de hospedagem que intermedeiam o aluguel de imóveis residenciais por temporada, no segmento de hotéis e pousadas, e a necessidade de um controle dessa atividade.

“É fundamental a criação de um mecanismo de regulamentação das plataformas digitais. O governo é muito cauteloso com a forma de tratar isso e não quer inviabilizar este mercado. Por isso, negociamos um caminho equilibrado para que estas plataformas gerem renda para as cidades onde oferecem hospedagem”, argumenta Sampaio.

A FBHA é a entidade nacional de representação classista dos hotéis, restaurantes, bares e similares e defende a regulamentação desses aplicativos, bem como a taxação do serviço, visando trazer equilíbrio para os negócios no segmento de hospedagem.

“É fundamental a criação de um mecanismo de regulamentação das plataformas digitais”

De acordo com o presidente da entidade, a hotelaria nacional encolheu 6%. “A hotelaria convencional está sujeita a regras e privações que não afetam as plataformas digitais”, explica ele.

Alexandre Sampaio também frisou a necessidade de alterações no regramento legal para incluir as responsabilidades deste serviço.

“Trabalhamos ativamente no legislativo para alterar a lei de locação e reduzir para 30 dias o período de ocupação por temporada. Também sugerimos alteração no texto legal que regulamenta o ISS para que plataformas digitais tenham responsabilidade tributária pelo imposto”, disse o presidente.

Vale ressaltar que o gestor da FHBA reconhece a importância da nova ferramenta de hospedagem.

“É importante levar em consideração que as plataformas digitais cabem de maneira complementar à hospedagem convencional em eventos específicos (competições esportivas ou festas tradicionais, por exemplo) nas cidades onde a rede hoteleira não comportam todo o público”.