Investimento e rentabilidade é uma combinação de palavras que interessa a todos. Mesmo que a compra de imóveis ainda seja o formato preferido de investir do brasileiro, já existe um campo mais vasto de pessoas menos conservadoras que efetuam transações no mercado financeiro.

“Basicamente, as pessoas aqui ainda não possuem educação financeira e não conhecem investimentos financeiros. Culturalmente, os investimentos foram realizados em imóveis, gados, agricultura, entre outros. A falta de conhecimento no mercado financeiro, como a falta de conhecimento em qualquer outra área, traz insegurança e uma grande dose de conservadorismo. Uma vez que você sabe onde está pisando, é natural se sentir mais seguro e ir conhecendo outras alternativas de investimento”, explica o economista e CEO da Vessel Investimentos, João Cabral.

Mas, com as reviravoltas recentes da economia e o cenário de crise financeira, ficou mais difícil adquirir um imóvel e, apesar do risco, o mercado financeiro se volta como uma alternativa. Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), inclusive, podem ser um opção de investimento que segue na linha dos imóveis, mas com características diferentes.

“Fundos imobiliários são uma modalidade de investimento fracionado em imóveis, que se pode adquirir através da bolsa de valores. As maiores vantagens são: facilidade na compra e na venda, menores custos operacionais e a possibilidade de adquirir participação em imóveis com muito pouco dinheiro”, disse Cabral, que também é agente autônomo de investimentos.

Muitos brasileiros ainda preferem a compra de um bem físico pela questão da garantia, mas, para João Cabral, a segurança é exatamente a mesma.

“Por trás dos ‘números’, existe o imóvel físico (no mercado chamamos de ‘fundo de tijolo’). A única diferença é que o FII possui cotação em bolsa, que sobe e desce diante dos fatos. Já o nosso imóvel físico, nós não ‘enxergamos’ o preço subir, caso na frente de casa um shopping center for inaugurado, ou cair, se o mesmo lugar se tornar um ponto de venda de drogas”, argumenta.