Após ter que intervir em brigas, principalmente entre casais, o síndico Helder Lacerda, de 35 anos, tomou a iniciativa de instalar placas nos 18 blocos de apartamentos do condomínio que administra, em Campo Grande. O local tem até histórico de esfaqueamento e por essa razão o administrador considerou uma medida emergencial. O aviso das placas é claro: a Polícia Militar será acionada imediatamente em casos de violência contra mulher.

“Um morador viu algo semelhante em outro estado e nos repassou a ideia. Eu achei muito interessante e teremos a placa inclusive na portaria”, disse o síndico ao G1 do Mato Grosso do Sul.

Helder trabalha como síndico profissional há 4 anos e também atua em outros locais. Somente no condomínio em que as placas estão sendo instaladas moram cerca de  5 mil pessoas. “Eu pensei que entre não fazer nada e fazer alguma coisa, prefiro fazer alguma coisa”, completou.

Para a aposentada Angela Maria Cordeiro, de 66 anos, a iniciativa é vista com bons olhos pelos moradores e, ainda mais, pelas moradoras. Ela vive há 3 anos no condomínio e admite que a situação do local é delicada.

“Muitas pessoas falam que a gente não pode se meter, mas, penso o contrário. Neste caso que aconteceu [do esfaqueamento], vi a filha do casal, dava dó de ver a situação, a criança fica traumatizada, então concordo plenamente. Acho que vai coibir, está demais, está assustador ser mulher”, lamentou.

Em caso de violência

Em caso de ser vítima, presenciar ou suspeitar de violência contra as mulheres, os cidadãos e cidadãs devem chamar a Polícia Militar imediatamente. Para as mulheres, o canal 180, com ligação gratuita, pode orientar acerca dos procedimentos.