A Construção Civil registrou  perda de 440 mil pessoas ocupadas no primeiro trimestre de 2020, em relação aos três últimos meses do ano 2019. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNADContínua), divulgada nesta quinta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou uma perda de 440 mil pessoas ocupadas no primeiro trimestre de 2020.

Na comparação com trimestre anterior, o número de ocupados no setor, no período de janeiro a março/2020, sofreu uma retração de 6,5%, passando de 6,820 milhões de pessoas no período de outubro a dezembro/2019 para 6,380 milhões de janeiro a março/2020.

“Apesar de grande parte relativa aos três primeiros meses do ano ainda estar fora do cenário da pandemia provocada pela Covid-19, é preciso considerar que o impacto no mercado de trabalho do setor já foi maior do que o esperado, especialmente considerando que a projeção de crescimento para o PIB setorial, nos primeiros meses do ano, era de 3%”, afirma a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Ieda Vasconcelos.

O número de ocupações perdidas foi o maior desde o início da série histórica, em 2012. A Construção Civil foi a segunda maior, perdendo apenas para o setor do comércio com a perda de 628 mil.

A recuperação da Construção Civil ganhava força em 2020. Depois de cinco anos de queda (2014-2018), o setor registrou expansão de 1,6% em seu Produto Interno Bruto no ano passado e esperava consolidar a retomada de suas atividades.