O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE, fechou 2018 com alta de 4,41%, ficando acima do registrado em 2017, quando ficou em 3,82%. A variação mensal para o mês de dezembro foi de 0,22%.

Nos acumulados de 2018, os preços dos materiais cresceram 6,30%, e a mão de obra subiu 2,45%, cenário inverso do observado em 2017, quando os materiais tiveram menor peso e fecharam em 2,61%, enquanto a mão de obra ficou em 5,17%.

Segundo o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, a parcela dos materiais ganhou força devido ao menor número de acordos coletivos. “Diferente de 2017, o setor da construção esteve menos aquecido em 2018. Isso resultou em menos negociações trabalhistas e, consequentemente, elevou o peso dos materiais no custo”, explica.

#PraCegoVer Gráfico exibindo a variação percentual de dezembro de 2012 a dezembro de 2018

Na variação mensal de dezembro, a parcela dos materiais cresceu 0,45%, ficando acima do índice de novembro, 0,36%, e de dezembro de 2017, 0,31%. Já a mão de obra variou -0,02%, ficando abaixo das taxas registradas em novembro, 0,11%, e em dezembro de 2017, 0,22%.

O custo por metro quadrado, que em novembro estava em R$ 1.111,41, passou para R$ 1113,88 em dezembro, sendo R$ 579,33 relativos aos materiais e R$ 534,55 à mão de obra.

Norte tem a maior alta de preços da construção em 2018

No acumulado do ano, a Região Norte registrou a maior alta nos custos da construção, 5,30%. Nas demais, os resultados foram: Nordeste (4,58%), Sul (4,70%), Sudeste (4,20%) e Centro-Oeste (3,80%). Roraima, com 6,26%, acumulou os maiores preços entre os estados, em 2018.

Já, em dezembro, o Sul, com 0,50%, apresentou a maior variação entre as regiões e o Acre, 0,69%, a maior entre os estados.