Setenta entidades de diversos setores encaminharam ao presidente eleito Jair Bolsonaro uma carta aberta contra o tabelamento dos preços de frete. De acordo com o documento, a medida teria um impacto negativo na cadeia de abastecimento, no preço dos alimentos e na geração de empregos. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) foi uma das signatárias.

O texto defende que, caso haja tabelamento, os custos de transportes aumentarão em 100%, o que acarretaria inflação nas mercadorias. Com isso, o custo de vida da população ficaria mais caro, assim como o custo de produção, o que desestimularia o setor produtivo.

Segundo a carta, ainda, o tabelamento geraria insegurança jurídica, além de não respeitar a Constituição. São mais de 60 questionamentos judiciais contra a tabela de fretes, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF).

No fim, a carta enfatiza a preocupação das entidades signatárias em gerar empregos no país, aumentar as exportações e ganhar competitividade no mercado internacional. “Depositamos nossa confiança no novo governo e nas instituições de Estado para que esse gravíssimo equívoco seja corrigido com a mesma urgência que o Brasil tem em voltar a crescer. Sem mais, agradecemos a atenção, confiantes na melhor decisão”, conclui.