O uso de inteligência artificial e de algoritmos tem ajudado condomínios de São Paulo a identificar e cortar gorduras no orçamento, evitando o descontrole com as despesas.

A ferramenta, chamada “Esquadrão da Economia”, foi criada pela Lello, maior administradora de condomínios do Brasil e quinta do mundo, com uma carteira de cerca de três mil edifícios na capital paulista, ABC, interior e litoral do Estado. Segundo a empresa, a média da cota de condomínio paga pelo paulistano é de R$ 890 por mês, atualmente.

Com o uso de tecnologia, aliada à experiência de 65 anos da Lello no mercado e à sua grande base de clientes, é possível analisar, comparar e prever o comportamento do fluxo de caixa do condomínio, bem como fazer comparações de custos de prédios equivalentes.

Assim, a administradora consegue montar instantaneamente um plano de ação com as melhores práticas para cada condomínio, seja em relação a despesas com pessoal, contratos com fornecedores e custos com água e energia elétrica, entre outros itens. O “Esquadrão da Economia” já auxiliou na revisão nas despesas de mais de mil condomínios administrados pela Lello.

Segundo Angélica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da LelloCondomínios, a criação do “Esquadrão” só foi possível em razão da união entre tecnologia e profundo conhecimento do mercado de condomínios, além da experiência acumulada em administração. “Só na capital paulista um em cada três dos 21 mil condomínios da cidade é ou já foi gerido por nós”, afirma.

Ela alerta que o descontrole nos gastos de um condomínio pode fazer com que os apartamentos se desvalorizem em relação a outros prédios similares. “É isso que queremos combater, com experiência, conhecimento e tecnologia”, diz Angélica.

Ela conta que em um condomínio situado em Moema, zona sul da capital, o estudo comparativo feito pela administradora em relação a outros prédios da região com o mesmo número de unidades permitiu identificar que o descontrole estava no quadro de funcionários causando um impacto expressivo nas despesas do prédio, e que o consumo de água e energia era excessivo.

A Lello então indicou a remodelagem no modelo de redução das despesas com o zelador – que não trabalharia mais em feriados -, um raio-x completo nas instalações hidráulicas nas áreas comuns e nos apartamentos e a contratação de uma consultoria para redução dos custos com luz. Com essas medidas a previsão de reajuste do condomínio naquele edifício para este ano caiu de 12,7% para apenas 5%. Poderia até ser menor o reajuste, mas o condomínio optou por fazer uma poupança maior.

Entre as medidas implantadas com êxito em condomínios, e que contribuíram para conter o avanço das despesas ou mesmo sua redução estão a instalação de portarias remotas e o uso de novas tecnologias para contratos e consumos.

“O valor do condomínio é uma questão fundamental das grandes cidades brasileiras atualmente, e que precisa ser enfrentado com inteligência e inovação, evitando que a situação saia do controle”, conclui a gerente da Lello.

Fonte: InfoMoney