Fachada limpa mantém o imóvel valorizado, mas é preciso adotar os procedimentos adequados para o serviço. | Fonte: Reprodução

A limpeza de fachadas é uma questão que gera bastante preocupação por parte dos moradores de edifícios, já que pode acarretar sérios problemas, e que, portanto, deve ser realizada por profissionais especializados. Dado esse contexto, quando tratamos sobre esse tipo de serviço, automaticamente somos remetidos às práticas e procedimentos necessários para execução dessa atividade.

Em primeiro lugar, o serviço não pode ser realizado pelos empregados domésticos. Ainda é possível observar esses profissionais sendo obrigados a fazer a limpeza das vidraças dos apartamentos de seus empregadores. Aliás, o condômino que tiver o empregado sob sua responsabilidade flagrado desempenhando esse tipo de serviço pode ser obrigado a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à taxa de contribuição condominial.

Cada edifício pode demandar necessidades de limpeza diferentes. | Fonte: Reprodução

É necessário a contratação de empresas especializadas, com equipe de profissionais qualificados e cursos atualizados, além do uso das máquinas e equipamentos apropriados. São as empresas que irão definir quais os materiais serão utilizados e analisar a técnica mais adequada de acordo com o tipo de edificação.

Os serviços para limpeza de fachada podem variar de acordo com os tipos de superfícies, como vidro, cerâmica (mármore e granito), revestimento ACM, etc. Além disso, o grau de sujidade vai indicar qual o tipo de produto será utilizado. Apesar de não existir um intervalo definido para a lavagem de fachada, o prazo vai depender do tipo de revestimento do edifício.

Segundo Gilson França, representante da empresa Facit Fachadas, é preciso analisar as questões de segurança em relação à altura, com ênfase no que a própria estrutura do edifício oferece. “A edificação precisa ter uma estrutura mínima para comportar os equipamentos. A ancoragem que fica no topo das edificações é o local onde  fazemos as amarrações. Caso o prédio não tenha a estrutura, analisamos a situação e buscamos outra forma de fazer o procedimento com segurança”, explica.

O método tradicional utiliza a cadeira e cinto para realizar a limpeza. No entanto, já existe no mercado uma metodologia mais inovadora, segura e sustentável, com o profissional atuando a partir do solo. A máquina é capaz de limpar fachadas de até 20 metros de altura.

Exigências da Justiça do Trabalho

Sendo as fachadas parte integrante do todo que caracteriza um edifício, os síndicos devem estar atentos às recomendações e exigências das normas do Ministério do Trabalho. A Norma Regulamentadora nº 18 apresenta medidas de segurança e saúde do trabalho na construção civil, a serem utilizadas nos serviços de limpezas, manutenção e restauração de fachadas.

O destaque é para importância do uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, como o uso da cadeirinha suspensa e linha de vida ancorados nos ganchos de inox instalados nas lajes ou platibandas; e os dispositivos de suporte de balancins com contrapesos, com tirantes sem transferir esforços para a platibanda, além dos balancins fixados na platibanda.

“Fora a normativa nº 18, existe a NR nº 35 que obriga o funcionário estar capacitado através de cursos. Para realizar o serviço utilizando corda e cadeira, a empresa precisa ter a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), feita por um engenheiro mecânico e registrada no CREA. Além disso, os funcionários precisam realizar alguns exames específicos para atuar”, complementa França.