A Caixa quer se aproximar ainda mais das camadas mais pobres da população brasileira, segundo Pedro Guimarães, presidente do banco. Por essa razão, a instituição poderá rever taxas de acordo com realidades regionais e focar no projeto de cartão de crédito consignado, que resultaria em mais competitividade no mercado.

Além disso, o banco deverá anunciar, neste segundo semestre, uma mudança no modelo de indexação do crédito imobiliário, que estaria ligado à inflação nacional. Essa e outras medidas implementadas pela Caixa ao longo de 2019 pretendem impulsionar o mercado imobiliário no Brasil, defende o gestor.

“Essas viagens que estamos fazendo, que é o Caixa mais Brasil, vem nessa linha. Isso é o que permite irmos a fundo para conhecer a realidade de cada estado, não só das capitais, mas também do interior. Às vezes, os nossos produtos não estão balizados para as diferenças regionais. É muito diferente uma taxa de crédito em São Paulo ou Brasília do que no interior do Ceará”, afirmou.

Não seria a primeira vez que a Caixa Econômica Federal mudaria o mercado imobiliário brasileiro. Há dez anos o banco público transformou para sempre a maneira como encaramos a construção civil e o comércio de imóveis, com o programa Minha Casa, Minha Vida. O MCMV  pode, inclusive, ser reformulado nos próximos meses, como aponta informações do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

O que mudaria

Segundo o presidente, além da revisão de tarifas, o banco estuda novos modelos para reduzir custos do crédito imobiliário.

Na prática, a Instituição poderá indexar os financiamentos à inflação nacional, mantendo a tarifa pós-fixada. A medida deixaria a taxa referencial (T.R.) de lado, mas não extinguiria a opção para os clientes.

O gestor garantiu, ainda, que a prioridade de sua gestão é reforçar a liderança da Cixa Econômica no mercado imobiliário.

“Nós tivemos muito lucro no primeiro trimestre deste ano e agora precisamos pensar em devolver para a sociedade”, concluiu Pedro Guimarães.