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Um grupo de promotores de São Paulo desbaratou uma quadrilha que alugava apartamentos para fazer arrastões na vizinhança. Segundo o Ciber Gaeco, oito criminosos agiam em pelo menos quatro cidades de SP e a maioria das vítimas são idosos. Três suspeitos foram presos e cinco estão foragidos.

O bando aluga apartamentos de classe média por até um ano e, segundo as investigações, um criminoso já chegou a depositar R$ 10 mil de caução para driblar suspeitas. No período de quinze dias eles estudam os hábitos da vizinhança e escolhem os apartamentos que irão invadir. Em um bairro de Pirituba (SP), o arrastão ocorreu na véspera do ano novo e a quadrilha levou mais de R$ 200 mil, entre jóias, armas, eletrodomésticos e dinheiro. O grupo deixou o local em um carro de luxo.

“Escolheram justamente uma véspera de feriado, monitoram os apartamentos para fazer o crime com o menor risco possível de serem pegos ou ter confronto. Escolheram especialmente apartamentos com pessoas idosas ou que eles sabiam que não tinha ninguém morando naquele momento”, explica o promotor Nathan Glina.

Mulher é suspeita de falsificar documentos e é procurada pela polícia

Glina diz que os contratos de aluguel eram feitos com documentos falsos. Uma mulher, cujo nome verdadeiro ainda não foi descoberto pela investigação, era a responsável pelas falsificações. Em alguns documentos apreendidos pela polícia, a suspeita aparece com o nome de Justina, mas em outros, aparece como Cinira.

“A falsidade é muito bem feita. Ao ponto de ter sido obtido o reconhecimento de firma do próprio tabelionato”, comenta o promotor.

Segundo o Gaeco/SP, o bando fez dezenas de vítimas nas cidades de Praia Grande, Guararema, Pirituba e São José dos Campos. A quadrilha deve responder por organização criminosa, furto triplamente qualificado, porte ilegal de armas e estelionato.