Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apontaram três hipóteses para o aparecimento das rachaduras em imóveis e ruas do bairro do Pinheiro, em Maceió. O problema surgiu em fevereiro de 2018, após fortes chuvas seguidas de um tremor de terra sentido em vários bairros da capital.

As suspeitas são de que o problema pode ter sido causado pela exploração de sal na região, pelo aparecimento de uma dolina (depressão no solo) ou pela localização do bairro em uma área tectonicamente ativa.

“Nós estamos falando de um bairro que tem muitos milhares de habitantes. Então, toda cautela aí é pouca, a gente recomenda é que todas as hipóteses e outras mais identificadas pelo grupo sejam investigadas a fundo”, contou o Geólogo Francisco Pinheiro.

Conforme a Defesa Civil de Maceió, as rachaduras afetam mais de dois mil imóveis na região e continuam assustando os moradores do bairro, que temem perder suas casas.

Em um dos imóveis atingidos, que afundou cerca de quatro centímetros, um buraco se abriu no quintal.

“Eu não tenho como sair daqui. [Se] sair daqui, eu vou pagar aluguel”, falou o morador e comerciante, disse José Januário de Oliveira.

O Governo Federal reconheceu, no fim de 2018, a situação de emergência no bairro.

“Desde o tremor que teve, a gente vem acompanhando essas rachaduras, né? Tem assustado porque, gradativamente, ela tá aumentando, entendeu?”, disse o professor de Educação Física, José Maria Galvão Júnior.

A Defesa Civil espera a liberação de recursos para dar assistência às famílias.

“E aí, até que saiam os estudos, a gente possa, paulatinamente, ir tirando as famílias que é o plano de contingência de ir retirando aquelas pessoas que foram afetadas”, explicou o Coordenador da Defesa Civil municipal, Dinário lemos.

Fonte: G1