Após o corte na taxa básica de juros, a Selic,  pelo Banco Central, bancos anunciaram redução das taxas de juros do crédito. O Comitê de Política Monetária Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual para 6% ao ano.

A redução foi maior do que o esperado pelo mercado. E trata-se do décimo terceiro corte na Selic desde quando a taxa atingiu o pico de 14,25% ao ano (entre julho de 2015 e outubro de 2016).

O caminho para a redução dos juros foi pavimentado por uma mistura de fatores: fraqueza persistente nos dados de atividade econômica, inflação controlada e reforma da Previdência aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

Quando a taxa básica de juros estava em dois dígitos, era possível ter alta rentabilidade nos investimentos de renda fixa facilmente. Hoje, os investidores precisam se empenhar mais para encontrar bons retornos. A diversificação nunca foi tão importante.

Para o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, trata-se de oportunidade para a retomada do crescimento da economia, e especialmente para o mercado imobiliário, que é bastante sensível à taxa de juros. “Estamos chegando a um estágio cada vez mais próximo das taxas de juros dos países desenvolvidos. Os Estados Unidos também baixaram os juros em 0,25 ponto percentual, o que parece estar configurando um novo patamar para a taxa básica de juros mundo afora”, afirma.

Um aspecto importante, na avaliação de Jafet, é que a medida adotada pelo Copom pode estimular a redução das taxas cobradas pelos bancos no crédito imobiliário, criando um círculo virtuoso para o mercado.