Ronaldinho Gaúcho tem mais de R$ 1,8 milhão em dívidas de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de propriedades em seu nome em Porto Alegre-RS.

O UOL teve acesso ao balancete consolidado de débitos da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre que aponta dívidas de IPTU de 19 endereços no nome do jogador. Todos os valores devidos estão inscritos em Dívida Ativa. A reportagem apurou que o astro ainda tem mais imóveis com dívidas, mas os valores estão sob sigilo fiscal.

A reportagem solicitou o balancete à prefeitura da capital do Rio Grande do Sul depois de a Justiça determinar a apreensão dos passaportes de Ronaldinho e do irmão do ex-jogador Roberto de Assis Moreira para cumprimento de sentença de crime ambiental de três anos e oito meses atrás.

Ronaldinho e o irmão foram condenados a pagar mais de R$ 8,5 milhões entre multas e indenizações pela construção sem licença de um trapiche e canalização de um arroio em um sítio da família do jogador. No processo em questão, a Justiça cita “robusta dívida” em impostos e que os irmãos tinham apenas R$ 24,63 em suas contas. O balancete mostra que só a propriedade alvo da denúncia de crime ambiental tem R$ 184.561,62 em dívidas de IPTU de 2012, 2015, 2016, 2017, 2018.

Das dívidas de IPTU dos endereços consultados pela reportagem, a situação das dívidas são todas em aberto (valores não quitados) e em “execução fiscal” – fase de cobrança em processo judicial, a qual envolve exigência de pagamento incluindo penhora de bens. Os endereços com o maior montante de dívidas de IPTU são três com valores de R$ 609.240,08; R$ 377.087,77; e R$ 193.024,86; nos bairros Chapéu do Sol, Hípica e Cavalhada.Há vencimentos datados de 15 anos atrás.

Em contato com o UOL, o advogado de Ronaldinho Sérgio Queiroz afirmou que “já estão sendo encaminhadas as diligências necessárias para o parcelamento” das dívidas. Sobre o processo de crime ambiental, a promotoria do meio ambiente explicou que o próximo passo para que a sentença de pagamento de mais de R$ 8,5 milhões seja cumprida será buscar a indisponibilidade de alguns bens dos irmãos.

A promotoria ressaltou que a quantia continuará sendo cobrada independente da demolição do trapiche, porque a decisão judicial foi dada há quase quatro anos. O advogado do jogador e de seu irmão ressaltou que “o objeto do processo já tramita, em fase final, o pedido de licenciamento junto aos órgãos competentes”.

 

Fonte: UOL