Síndico profissional pode ser uma alternativa para quem está desempregado. Mas para atuar como prestador de serviço, como observam especialistas, é preciso dedicação.

A contratação de síndicos profissionais em condomínios está cada vez mais comum por diversos motivos. De acordo com diretor de Condomínios da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), Omar Anauate, 12% dos imóveis da cidade, incluindo imóveis residenciais e comerciais, contam com esse prestador de serviço. Um síndico externo eleito por assembleia para administrar o condomínio, mas que não é condômino.

“Essa figura era mais comum em prédios comerciais, atualmente, com os condomínios clubes que possuem muitas torres e também pela falta de tempo dos moradores esse tipo de profissional tem sido chamado para atuar em edifícios residenciais”, explica Anauate.

E qual é o papel desse síndico profissional? Essa pessoa terá as mesmas atribuições que um síndico condômino conforme descrito na lei. Terá de ser eleito por uma assembleia de condôminos, responde civil e criminalmente pelo condomínio.

O síndico profissional trabalha como um terceirizado do condomínio e pode atuar em mais de um condomínio ao mesmo tempo, revezando-se entre empreendimentos. Para quem está desempregado, pode ser uma alternativa. “Mas é preciso saber contratar o profissional, é preciso conhecer as leis e atribuições estabelecidas por lei”, diz Anauate.

Atuação

Entre as atribuições do síndico profissional estão as visitas e o planejamento. As visitas acontecem com a periodicidade acordada no contrato, que é pensado segundo as necessidades do condomínio. Os momentos de planejamento são realizados no escritório próprio do síndico profissional.

No contrato de prestação de serviços que determina as horas e condições de trabalho, remuneração e prazo de encerramento da prestação de serviços. “É importante que esse contrato seja bem feito para que o Conselho de condôminos ou moradores possa ter liberdade de mudar caso não dê certo ou se o profissional não se adaptar ao condomínio e afins”, observa Anauate.

Salário de síndico profissional

O valor pago por um síndico profissional varia muito. Além da cidade e estado de atuação, ele também leva em conta fatores como: número de unidades do condomínio, quantas visitas ao condomínio serão feitas por semana, número de áreas comuns, tamanho da equipe de funcionários, valor da taxa condominial.

É importante ressaltar que a profissão não tem uma tabela com piso salarial, pois a atividade não é regulamentada. O pagamento é feito por meio de nota fiscal.

Cuidados

O advogado Júlio Conrado do escritório FNC Fritz, Nunes e Conrado – Advogados e Consultores explica que qualquer prédio pode contratar um síndico externo, mas é preciso tomar alguns cuidados. “É importante fazer uma pesquisa prévia sobre o profissional, pesquisar na Justiça a situação civil e criminal”, explica. “A indicação é sempre válida”.

Conrado também orienta que o Conselho formado por condôminos deve acompanhar de perto todas as ações do síndico. “É importante fiscalizar e acompanhar de perto o pagamento de contas, de encargos trabalhistas e verificar de perto o fundo de reserva”.

Fonte: R7