‘Me desculpem as feias, mas beleza é fundamental’. A famosa frase do poeta Vinícius de Moraes é direta quanto à importância da estética. E como não se encantar com uma fachada predial limpa e bem conservada? Que além de agregar valor ao patrimônio, quando feito de forma correta, a manutenção evita a deterioração da construção.

O mercado dispõe de diversas formas de execução do serviço. A novidade para limpeza de fachada é o sistema de lavagem com água pura, que através da tecnologia alemã permite a lavagem de fachadas de até 20 metros sem sair do chão.

“Esta limpeza alcança uma produtividade 200% maior que o método convencional, além de ter um custo menor, ser feita de forma mais rápida e diminuir expressivamente dos riscos de acidentes de trabalho”, explica Gilson França, diretor da Facit Brasil.

Nem todos se dão conta, mas uma fachada mal cuidada afeta diretamente todo o entorno. Além de interferir negativamente na paisagem e deixá-la sem atrativos, imóveis com aparência decadente geram áreas desvalorizadas e inibem a instalação de comércio ou serviços, por exemplo.

“A limpeza da fachada vai além da questão estética que é, sem dúvidas, fundamental para a aparência da empresa ou do condomínio. A limpeza também é uma questão de saúde, principalmente para pessoas que sofrem de alergia, pois o vento arrasta a sujeira e a poeira para dentro de casa”, comenta o diretor da Facit Brasil.

Em muitos casos, a lavagem periódica é uma forma de economizar para o condomínio, pois evita a degradação do edifício. O intervalo de tempo entre uma lavagem e outra dependem do material e das condições ambientais. Se a construção estiver localizada em um lugar insalubre, com muita poluição ou maresia, a periodicidade de manutenção tende a ser menor. Mas há cidades, como São Paulo, onde as fachadas devem ser lavadas ou pintadas a cada cinco anos, no mínimo. A regra é lei municipal desde 1988.

“Na nossa cartela de clientes, convencionamos o período de quatro meses. Mas é preciso avaliar cada caso para saber a real necessidade da limpeza”, disse Gilson França.

Para iniciar o processo, a primeira dica é contratar uma empresa especializada na área para que possa ser feito uma vistoria, pois existem vários fatores que interferem no valor do orçamento – grau de sujeira, acessibilidade, altura, tipo de revestimento (textura, cerâmica, pastilha, vidro, espelho).

Outra dica é escolher os produtos ideais, que devem ser selecionados em função de seu desempenho e adequação ao material da fachada e nunca pelo preço.

Pelo sistema de lavagem com água pura, o valor do metro quadrado pode custar R$ 3,50, no mínimo – “lembrando que o orçamento é feito a partir de uma avaliação específica de cada fachada, mas em geral nosso custo é a metade do valor cobrado pelo método convencional”, informa o diretor da Facit Brasil.

Vale lembrar que o Ministério do Trabalho criou uma norma para regulamentar este tipo de serviço. A NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

“As questões que precisam prioritariamente ser observadas nos serviços de limpeza de fachadas estão relacionadas com a segurança dos trabalhadores e com uma inspeção criteriosa por parte de um especialista que deverá ditar as reais necessidades e os procedimentos e materiais adequados para cada caso”, explica o engenheiro civil Fernando Régis.

Através da tecnologia alemã, o sistema de água pura, ao contrário dos métodos convencionais disponíveis no mercado, permite uma lavagem de até 20 metros sem uso de plataformas elevatórias.

“Um dos nossos diferenciais é exatamente isso: 20 metros sem sair do chão, o que elimina o risco de quedas, por exemplo. A partir desta altura, passamos a utilizar a plataforma, mas todos os nossos profissionais têm cursos especializados para executar tal tarefa”, disse Gilson França.