Pouco tempo, segurança, comodidade… Esses seriam alguns dos motivos para àqueles que malham nas academias de seus condomínios. Atualmente, cerca de 90% dos novos empreendimentos deverão contar com uma academia de ginástica. Até mesmo os prédios mais antigos estão conseguindo se adaptar para oferecer esse espaço de saúde e bem-estar para os moradores. O que precisa é que a academia seja montada em um local adaptado, seguindo algumas orientações básicas e importantes como planejamento, contratação de profissional habilitado, utilização de equipamentos da linha profissional e necessários, fazer seguir as regras para utilização, exigir exame médico para evitar eventuais danos à saúde, dar acesso somente para moradores do condomínio e garantir a manutenção dos equipamentos.

A jornalista Gilka Mafra é adepta da malhação de forma mais reservada, sob o olhar de poucas pessoas. Por isso, opta por realizar suas atividades físicas diárias na academia de seu prédio. Ela diz que, além de contar com a comodidade, a primeira vantagem se deve à facilidade de locomoção, lembrando que basta pegar o elevador e chegar em 1 minuto na academia e, assim, evita o trânsito, além de estar próxima de casa para qualquer necessidade. O que ela exige? segurança, espaço, ambiente refrigerado, maquinário e higiene, fundamentais para a boa prática de exercícios. “A diferença das academias externas ao condomínio é o ambiente, muito mais agradável. Não gosto daquela movimentação típica de academias, como burburinho, muita conversa, muitas pessoas se observando. Prefiro estar apenas com meu personal, concentrada nas atividades”, explica.

Segundo ela, seu condomínio atende às necessidades dos moradores, oferecendo ambiente espaçoso, equipamentos necessários, aparelhos de som, DVD, televisão e condicionador de ar, além de filtro com água geladinha e câmera interna do circuito de segurança do prédio, vigiada pela guarita.

Além de todo esse conforto já colocado, Gilka Mafra conta que mais uma vantagem de malhar em seu próprio condomínio é que não precisa pagar nenhuma taxa extra. “A utilização da academia, assim como toda a área de lazer, está sempre à disposição dos moradores. É só pegar a chave da academia na portaria e devolver ao término da atividade. Moradores mais apressados terminam deixando a academia um pouco bagunçada. Mas, como temos câmeras de segurança, esse morador é facilmente identificado. O síndico ou o próprio porteiro entra em contato com o apartamento do devido morador e chama a atenção quanto ao uso e limpeza da academia. Tudo se resolve sem maiores problemas”, afirma.

Apesar de tantas vantagens, essas academias podem oferecer riscos à saúde dos moradores, caso não haja a presença de um profissional de educação física habilitado para orientar os exercícios. E Gilka deixa o recado aos moradores que malham sem o acompanhamento de um profissional. “Eles correm o risco de fazer o exercício de forma errada e/ou utilizar o equipamento de forma inadequada. Em algumas oportunidades, já vi meu personal orientando e corrigindo a postura errada de alguém, mas sem interferir na atenção com minhas atividades”, finaliza.

Com vistas aos investimentos das construtoras em imóveis com amplas áreas de lazer no país e, especificamente em Maceió, a proposta da assessoria esportiva condominal Ideia Saúde é bem interessante e oferece praticidade e comodidade ao tornar a área de lazer comum de um condomínio em um verdadeiro clube para todos os públicos e idade, garantindo melhor utilização dos espaços e promovendo as vendas e aluguéis dos apartamentos. “Por que fazer atividades físicas em clubes ou academias se o condomínio pode fornecer toda a estrutura?, questiona Iriwelton Barboza, do Ideia Saúde, que oferece nos contratos três a cinco aulas por semana, personal trainer, materiais próprios, profissionais uniformizados e diversas modalidades como natação para crianças, jovens e adultos, pilates de campo, ginástica, teatro e música, entre outros.

Seguindo essas orientações, parecem ser um bom negócio as academias de condomínio, mas é bom ficar atento, porque especialistas dizem que a prática de exercícios sem o acompanhamento de um profissional da área de educação física pode causar lesões graves. De acordo com a Lei Federal nº 9.696/98, toda academia, em condomínio ou não, deve ter a supervisão de um profissional de educação física, que orientará os frequentadores sobre as normas básicas para uso dos equipamentos.

Infelizmente, poucos condomínios se preocupam em disponibilizar um especialista para dar essa orientação. E a saída é o contrato particular. Não deixa de ser uma praticidade e conforto mas, muitas vezes, os moradores acabam por deixar de lado medidas importantes e de segurança para si próprios e não seguem as orientações do Conselho Regional de Educação Física, órgão que fiscaliza e identifica irregularidades no uso de equipamentos e na forma de contratação de profissionais.

Para quem pretende começar a usar a academia dentro do seu condomínio, alguns cuidados básicos devem ser tomados. Faça um bom check-up médico, use trajes adequados, não se empolgue demais, saiba usar os equipamentos e evite treinar sozinho. Se nunca treinou, procure um personal e se hidrate. Agora, é só correr pra academia. De preferência, a do seu condomínio. Boa malhação!