A tecnologia é a força catalisadora de uma série de mudanças em escala mundial. O que parece passar despercebido, contudo, é que por trás desse turbilhão de inovações há um componente importantíssimo: o humano.

Não à toa, muitas novidades de hoje são frutos do fato de que alguém captou uma tendência de comportamento humano e, com criatividade, modelou uma solução tecnológica para abraçá-la. Uma dessas tendências de comportamento é o compartilhamento e da colaboração.

Inserindo o mercado imobiliário na jogada, podemos observar o crescimento de apartamentos pequenos, localizados em condomínios que oferecem a infinidade de serviços compartilhados nas áreas comuns.

“O que vemos é a materialização do ‘mundo co’. Coworking, cohousing, coliving… É a economia do compartilhamento, da colaboração. E isso tem tudo a ver com a atividade de corretores de imóveis”, aponta Nelson Parisi Júnior, corretor de imóveis e economista.

Se, por um lado, a tecnologia deu mais autonomia para quem quer comprar, vender e alugar, por outro, os corretores terão que fazer a inadiável lição de casa: como essas mesmas tecnologias podem ajudar a continuar fazendo negócios?

De acordo com Júnior, um dos caminhos é a aculturação dos profissionais do setor ao “mundo co” e tudo que ele pode oferecer. “Precisamos virar a chavinha para sermos co-corretores e co-imobiliárias do século 21”, conclui.