Muito mais que um festival de bebidas, o Oktoberfest é uma festa de origem alemã que envolve cultura e tradição aliada ao prazer do brasileiro de saborear uma cerveja gelada.

Durante todo o mês de outubro, Blumenau vira um dos destinos turísticos mais procurados do país. Pessoas de todos os lugares invadem a cidade para viver a alegria do evento, que surgiu na Alemã com a finalidade de celebrar o casamento do rei. A festa se popularizou e tem versão brasileira desde 1984.

Mas a novidade de 2017 foi a realização do festival de cervejaria também em São Paulo, que diferentemente da cidade sulista, teve apenas 10 dias de duração. Durante a abertura oficial do Oktoberfest na capital paulista, o prefeito de Blumenau Napoleão Bernardes negou a existência de concorrência entre cidades.

“Blumenau sente-se muito honrada em servir de referência para a organização da versão paulistana da Oktoberfest. A festa de São Paulo ajuda na divulgação da Oktoberfest de Blumenau e não vemos como uma concorrência. Vemos como uma oportunidade de visibilidade e de negócios”, comentou Napoleão Bernardes.

Com 34 anos de existência, Blumenau organiza a maior festa fora da Alemanha, que acontece de 4 a 22 de outubro, no Parque Vila Germânica. Neste quase 20 dias de festejos, a expectativa da organização é superar os 600 mil litros do líquido feito de trigo e cevada e receber a visita de 500 mil pessoas.

“Nosso desafio ano a ano é bater recordes de qualidade. Seja pelo resgate e cultivo das tradições, pela gastronomia e variedade de cervejas ou pelo ambiente familiar, a Oktoberfest é uma alavanca para o desenvolvimento econômico através do turismo, gerando efeitos positivos durante o ano todo para Blumenau”, afirma o prefeito da cidade catarinense.

Com entradas que custam de R$ 12 a R$ 40, o Parque Vila Germânica se divide em setores de praças de alimentação, parque de diversões e praça de segurança (inclusive com a presença de bombeiros e policiais civis). O parque gastronômico conta com 87 pratos, que variam de R$ 10 a R$ 45, para todos os gostos e possibilidades – com opções para veganos e celíacos e cervejas sem glúten.

Durante todo o evento, o visitante poderá assistir a apresentações musicais de 64 grupos e bandas ou se encantar com as danças folclóricas do lugar. Além da interatividade com atividades recreativas e esportivas em clubes. Também são tradicionais na festa os concursos de danças e competições entre bebedores de cervejas.

Alavancada econômica

Não é apenas uma festa que valoriza a cultura e reforça a importância das tradições germânicas locais, o Oktoberfest movimenta significativamente a economia da região. Somente a venda de ingressos e o consumo interno na Vila Germânica, no ano passado, movimentaram cerca de R$ 25 milhões, segundo informações do secretário de Turismo e Lazer e presidente do parque, Ricardo Stodieck.

Os balanços financeiros da organização do evento apontam lucros consecutivos do evento, que já está na casa dos milhões. E um dos motivos dos crescentes rendimentos pode ser a mudança de perfil do turista, com 36 e 55 anos e foco principal no consumo gastronômico.

A proximidade das cidades catarinenses também permite que o visitante do Oktoberfest conhecer outros lugares. Muitos turistas já fazem programas conectados e acrescentam à festa da cerveja passeios à capital, Florianópolis, ou os municípios praianos como Balneário Camboriú. Com hotéis que já na entrada oferecem um chope aos hóspedes para que todos entrem no clima. E assim, mais uma vez, o evento movimenta a economia do estado.

E, além de alguns litros de chope a mais, o turista ainda pode levar na bagagem um suvenir da cidade para se lembrar do Oktoberfest.