Em primeira reunião de 2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 2% ao ano. O índice foi mantido pela quarta vez consecutiva.

O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, principalmente, o de 2022.

De acordo com o comunicado do Banco Central, a decisão foi embasada no momento ainda de pandemia e no surgimento de novo casos do coronavírus, o que deve afetar a atividade econômica no curto prazo.

Em contrapartida, os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes.

Cenário básico

O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco várias as direções.

Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado, concentrada principalmente no setor de serviços. Esse risco pode se intensificar com o prolongamento da pandemia e a elevação do ambiente de incerteza.

Por outro lado, uma continuidade das políticas fiscais de resposta à pandemia que afete negativamente a trajetória fiscal do país pode elevar os prêmios de risco.

O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.