O preço do aço voltou a aumentar. É o que indica o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que aumentou 0,86% em outubro de 2021 – maior alta registrada pelo indicador desde junho (2,16%). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, mais uma vez o aço volta a puxar o custo da construção.

De janeiro deste ano até outubro, o INCC/FGV acumulou alta de 12,70% e nos últimos 12 meses 14,94%. 

“O custo com materiais e equipamentos voltou a registrar forte aceleração: 1,92%, o que correspondeu a maior alta desde maio/21 (2,81%). Contribuiu para esse resultado o retorno do aumento elevado no preço dos vergalhões e arames de aço ao carbono, que em outubro aumentou 8,09%”, menciona a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

De janeiro a outubro, os vergalhões e arames de aço ao carbono já aumentaram 48,39% e, nos últimos 12 meses, 60,74%.  Considerando o período de julho de 2020 a outubro de 2021, o aumento registrado pelos vergalhões foi de 91,97%. O custo com materiais e equipamentos aumentou 22,00% nos primeiros 10 meses de 2021, 27,45% em 12 meses e de julho/20 até outubro/2021: 40,80%.

“Num momento onde o Brasil assiste as projeções para o crescimento da economia no próximo ano se deteriorar, a construção civil, que muito pode contribuir para reverter esse cenário, segue sendo impedida de avançar em suas atividades com o incremento expressivo em seus custos”, ressalta Vasconcelos.

A economista reforça que aumentos na proporção que estão acontecendo contribuem para aumentar as incertezas do setor, o que pode desestimular novos lançamentos com reflexo direto na geração de renda e emprego.