O setor da construção civil de São Paulo está preocupado com o enquadramento de preço para as faixa 1 e 2 do programa habitacional Casa Verde e Amarela. Esta questão foi levantada durante uma reunião do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) com mais de 60 empresas do segmento.

Dois pontos principais dificultam o encaixe de preço máximo de venda de cada unidade habitacional. O primeiro é o aumento significativo dos valores dos insumos; alguns deles chegaram a dobrar de preço. O segundo ponto é o reajuste de valores dos prestadores de serviços.

Algumas empresas assinaram contrato fechado com o governo federal no ano passado. Mas já alertaram que terão dificuldades em cumprir os contratos por conta da elevação dos preços.

As entidades da construção já levaram a preocupação à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, que estuda ajustes no programa.

Se não houver elevação do limite do preço de contratação, será inviável construir habitação para a população de mais baixa renda, onde se situa a maior parte do déficit habitacional do país.

Este encontro foi conduzido por Ronaldo Cury, vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP, e por Rodrigo Luna, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP. Mas também contou com a participação do presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet; do economista-chefe daquela entidade, Celso Petrucci, e do membro do Conselho Jurídico do SindusCon-SP, Rodrigo Bicalho.