Os preços de aluguéis de imóveis subiram 1,08% em setembro, desacelerando pelo 5º mês consecutivo, apontou o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial. A pesquisa acompanha o comportamento de locações em 25 cidades brasileiras, sendo 11 capitais.

A variação média do aluguel residencial superou o resultado mensal dos principais índices de preço da economia doméstica, como o IPCA (-0,29%) e o IGP-M (-0,95%), que registraram deflação no período.

A alta no preço do aluguel é acompanhada por um movimento de menor intensidade frente às variações observadas nos cinco meses anteriores: abril (+1,84%), maio (+1,70%), junho (+1,58%), julho (+1,37%) e agosto (+1,30%).

O município de Niterói, no Rio de Janeiro, foi o único que apresentou recuo no índice, de 0,05%. Já em relação às capitais, Florianópolis (+2,36%); Curitiba (+2,22%), Goiânia (+1,85%) e Fortaleza (+1,69%) tiveram as maiores altas, enquanto São Paulo (+1%); Rio de Janeiro (+0,84%); Belo Horizonte (+0,80%) e Salvador (+0,19%) contribuíram para a desaceleração.

Com base nos dados das 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ de Locação Residencial, o preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi de R$ 35,74/m². O valor aumenta para R$ 44,47/m² ao destacar somente as capitais analisadas.

Segundo a pesquisa, Recife (R$ 40,86/m²), Florianópolis (R$ 37,80m²), Rio de Janeiro (R$ 36,74/m²) e Brasília (R$ 36,56/m²) têm os preços médios mais elevados. Por outro lado, as capitais com menor valor de locação residencial são Fortaleza (R$ 23,45/m²), Goiânia (R$ 24,71/m²), Porto Alegre (R$ 26,54/m²) e Curitiba (R$ 28,60/m²).

Na avaliação de Larissa Gonçalves, economista do DataZAP+, apesar da desaceleração, ao analisar o acumulado, os preços dos aluguéis continuam subindo acima da inflação.

“Os preços do mercado de locação vem subindo acima da inflação, apesar dessa desaceleração que aconteceu, no acumulado, em 12 meses, já chegou a 15,95%, muito acima dos demais índices como, por exemplo, o IPCA, que está em 7,17% e o IGP-M, em 8,25%. Mas temos que relativizar um pouco esse resultado, já que, durante a pandemia, o índice chegou a crescer a baixo da inflação nos últimos dois anos. Logo, consideramos que esse é um mercado que está em recuperação, por isso teve esse rápido aumento de preços. Agora está se recuperando depois de dois anos em que houve uma perda real dos preços”, disse.

Fonte: CNN Brasil