Durante o inverno, alergias a insetos têm se tornado cada vez mais frequentes. Entre as reações mais comuns, estão a coceira, vermelhidão e inchaço na pele. A estação mais fria do ano chega com alta umidade do ar e chuvas, o que aumenta a proliferação de pernilongos, percevejos, muriçocas e borrachudos, por exemplo.

De acordo com a alergologista e imunologista do Sistema Hapvida Maceió, Gisele Casado, a alergia pode ser caracterizada como uma resposta exagerada do sistema imunológico a um determinado antígeno e, no caso de picadas de insetos, as reações costumam ser locais, com coceira e possível ocorrência de inchaço na região onde ocorreu a lesão.

“Em alguns casos as lesões podem se tornar crônicas e evoluírem para o quadro de estrófulo, que se caracteriza por lesões papulares avermelhadas e coceira. Elas geralmente persistem de 2 a 10 dias e podem levar, inclusive, a infecções bacterianas”, alerta a especialista. Qualquer pessoa pode desenvolver o quadro alérgico, mas as crianças são as que mais sofrem neste período.

Se não tratada corretamente, a alergia a insetos pode provocar danos à saúde, especialmente em casos de reações mais graves, como a anafilaxia, que é potencialmente fatal e é geralmente provocada por abelhas, formigas e vespas.

“A anafilaxia pode provocar urticárias, que são lesões altas, elevadas, que coçam bastante, e podem ser acompanhadas de inchaços deformantes de pálpebras, lábios e orelhas. O paciente também pode sofrer com problemas respiratórios, como falta de ar, tosse e chiado no peito, sintomas gastrointestinais, como diarreia, náuseas, vômitos e cólicas, além dos sintomas cardiovasculares, como queda de pressão, tonturas e a parada cardiorrespiratória”, destaca.

O uso de repelente em todas as áreas expostas do corpo é uma boa forma de prevenir a alergia a insetos. “Também é importante dar preferência a roupas mais compridas e, se possível, instalar telas nas janelas ou mosquiteiro próximo à cama. Lembrando que o paciente nunca deve automedicar-se sob pena de agravar o seu estado de saúde. Procure sempre um médico”, conclui a alergologista e imunologista Gisele Casado.