Silencioso, o colesterol alto é um problema de saúde muitas vezes negligenciado pelas pessoas. O colesterol é um tipo de gordura produzida pelo fígado, importante para o organismo, atuando na produção de hormônios e formação de células. Porém, em grande quantidade, pode causar complicações, como acidente vascular cerebral e infarto.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o problema atinge cerca de 40% dos brasileiros adultos. Por isso, o mês de agosto é dedicado à conscientização sobre os riscos do colesterol alto.

De acordo com Maurício Macias, cardiologista do Sistema Hapvida Maceió, existem dois tipos de colesterol: o “HDL”, considerado o “colesterol bom”, e o LDL, mais conhecido como “colesterol ruim”. “O colesterol bom impede o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos, por isso, é sempre desejável mantê-lo em alta. Já o colesterol ruim, ou mau colesterol, leva a complicações cardiológicas graves”, diz.

A melhor forma de identificar os níveis de colesterol é realizando o exame de sangue. Porém, um levantamento da SBC revelou que 67% dos brasileiros não sabem as taxas de colesterol do próprio organismo.

Fatores de predisposição

A genética é um dos principais fatores de predisposição do colesterol LDL alto. “Nosso corpo é responsável por cerca de 70% do colesterol produzido. Um dos mitos mais ultrapassados é acreditar que o colesterol alto é problema apenas de quem sofre de obesidade. Pessoas jovens e magras também podem apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue”, destaca o Dr. Maurício Macias.

Uma alimentação saudável e balanceada, bem como a prática regular de atividades físicas, pode ajudar a manter as taxas reguladas – seja ela de origem genética ou não, segundo orienta o cardiologista. “Existem vários alimentos que podem auxiliar no controle do nível de colesterol, como peixes, em especial sardinha, truta e salmão, azeite extravirgem, abacate, sementes, oleaginosas, frutas e chocolate amargo”, afirma Macias.

O especialista alerta para necessidade de controle do colesterol de crianças, pois, com a pandemia da Covid-19, os pequenos foram obrigados a ficar mais tempo em casa sem realizar atividades cotidianas, como brincar. “Como podemos perceber, o colesterol alto é um risco para todas as idades. Fique atento à sua saúde e à saúde da sua família. O seu coração agradece”, finaliza.