Dados da Sondagem da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) revelam que o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 3,3 pontos em julho de 2021, atingindo 95,7 pontos. Este é o maior nível desde março de 2014. 

Os números foram coletados a partir de informações de 602 empresas, entre os dias 2 e 23 de julho. A pontuação vai de 0 a 200, denotando otimismo a partir de 100.

A coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, destaca que a sondagem deste mês aponta o crescimento da atividade e uma percepção favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses.

“Volta a prevalecer um cenário levemente otimista. Se no segundo semestre de 2020 a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, em 2021 esse efeito foi atenuado. Não porque tenha ocorrido queda ou redução no ritmo dos aumentos – o quesito custo da matéria-prima assumiu pelo segundo mês a primeira posição entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios. Ocorre que o percentual de assinalações que apontam o aumento dos preços praticados pelas empresas também alcançou um recorde histórico, sugerindo que, apesar dos desarranjos causados pelas elevações dos custos, as empresas esperam que esse aumentos sejam absorvidos em grande parte pela demanda final”, explica Ana Maria.