O setor da Construção Civil liderou a geração de empregos com carteira assinada em outubro de 2020. De acordo com o Caged, foram 36.296 novas oportunidades formais no mercado de trabalho.

Estes dados fazem parte do balanço mensal divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia e apontam que, nos primeiros 10 meses do ano, o segmento foi responsável pela geração de de 138.409 novos postos de trabalho no Brasil.

Assim, o resultado torna a Construção Civil também líder em criação de empregos neste período. E mais, superando o setor agropecuário, que somou quase 103 mil novos empregos.

Para a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a construção segue demonstrando o dinamismo de suas atividades e a sua importância para a recuperação da economia nacional.

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Ieda Vasconcelos, economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)/ Imagem: Sinduscon-MG

Outro fator que impulsiona a construção civil, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, é a facilidade de crédito imobiliário com a queda dos juros.

“É importante ressaltar que mesmo diante de dificuldades, como o desabastecimento de insumos e aumento acentuado em seus custos, o setor segue produzindo e, nos últimos cinco meses, o número de admitidos foi superior ao número de demitidos. Um dos fatores que têm contribuído especialmente com o incremento das atividades da construção é o desempenho do mercado imobiliário nacional. A baixa taxa de juros tem proporcionado um incremento expressivo no financiamento imobiliário e contribuído para dinamizar as atividades do setor”, afirma a economista.

Em outubro, três subsetores da construção foram destaque na geração de empregos. Em primeiro lugar, as obras de infraestrutura com 12.606 empregos. Em segundo lugar, os serviços especializados para a Construção com 12.014 vagas formais. E, em terceiro lugar, a construção de edifícios com 11.676 novos postos de trabalho.