O crescimento da cobertura das redes de água e esgoto foi acanhado, individualmente, não chegou aos 3,5%. Mas com o aumento, 83,7% de toda a população brasileira em abastecimento de água em casa. Já o esgotamento sanitário, está presente na vida de 54% dos brasileiros.

Esses números integram os Diagnósticos de Prestação dos Serviços de Saneamento Básico 2019 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados nesta terça-feira (15) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O levantamento foi realizado com base em informações de 10.229 empresas de água, esgotos, manejo de resíduos sólidos urbanos e drenagem e manejo de águas pluviais de todo o Brasil.

“O nosso trabalho tem sido de absoluta transparência, apesar de não serem números que nos orgulhem. Mas estes dados nos mostram o tamanho do desafio que temos pela frente e que precisa ser incorporado pela sociedade”, destacou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Ele celebrou a sanção do Marco Legal do Saneamento Básico neste ano. “Este é um fator civilizatório. A mortalidade infantil e doenças crônicas ainda permanecem no nosso País justamente pela fragilidade neste setor. Com este Marco, teremos a alavanca, a ferramenta, para darmos a velocidade necessária para buscarmos esta universalização dos serviços proposta na legislação”, afirmou Marinho.

Números

O diagnóstico feito reuniu dados de 5.191 municípios brasileiros, que representa mais de 97% dos habitantes no Brasil.  Essas cidades, ao fim de 2019, tinham 680,4 mil quilômetros de redes de água, um acréscimo de 17,8 mil quilômetros (ou 2,7%) em relação aos 662,6 mil quilômetros apurados em 2018.

As ligações às redes de abastecimento de água cresceram de 57,2 milhões, em 2018, para 59,1 milhões (3,3% a mais) no ano passado. Com esse aumento, a população atendida alcançou 170,8 milhões de pessoas, o que corresponde a 83,7% do total do País.

A Região Sul apresentou o maior índice de cobertura, com 98,7%, seguida pelo Centro-Oeste (97,6%), Sudeste (95,9%), Nordeste (88,2%) e Norte (70,4%).