O tema “Dados são os novos tijolos: entenda como AI e dados vão revolucionar o mercado imobiliário” fez parte da palestra de encerramento do 98º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi), na Feicon, em São Paulo.

O encontro, conduzido pelo presidente do conselho da Vitacon e CEO da Housi, Alexandre Lafer Frankel, ressaltou as transformações digitais que estão impactando o setor imobiliário. De acordo com ele, a revolução iminente não se trata apenas do tamanho dos apartamentos, da arquitetura ou do modelo financeiro, mas sim da digitalização, que está redefinindo os padrões do mercado imobiliário.

Como incorporador, Frankel apontou notar uma mudança no perfil dos clientes, que muitas vezes não queriam comprar um imóvel e uma mudança de consumo e hábito, com a busca de funcionalidades que transformam a vida das pessoas. “Nós temos outros perfis no mercado. Com a evolução digital e da inteligência artificial, muitos dos prédios que serão lançados, serão produzidos muito mais como um shopping center do que como um prédio tradicional do mercado imobiliário”, afirmou. 

Durante a palestra, Frankel destacou o avanço dos prédios digitais pelo país e a demanda de consumo de produtos dentro de casa. “Há uma busca por moradia inteligente, com um mercado mais digital”, disse.

O poder dos dados

Alexandre Lafer Frankel, destacou ainda que o poder dos dados está desencadeando uma revolução no mercado imobiliário. Ele apresentou um mapa com a indicação da demanda por determinados empreendimentos, e apontou o cenário de inversão na lógica tradicional do mercado. Em vez de seguir o modelo convencional de desenvolver projetos e depois buscar compradores, estamos caminhando para um panorama onde a demanda prevalece, impulsionando o desenvolvimento de projetos conforme as necessidades identificadas, explicou. 

“Ao invés de termos um mercado empurrado, onde se tem um produto para a venda, nós entendemos que teremos um mercado puxado, quando há inicialmente um comprador e depois o produto”, disse. 

Fonte: AGÊNCIA CBIC