O perfil dos investidores em startups mudou e agora eles visam lucro. Após o ‘boom’ que esse universo viveu, rendendo muito capital disponível e poucas exigências por parte de quem investe, o que se espera agora dessas organizações é um negócio lucrativo no curto prazo, principalmente startups que estão no mercado há mais de meia década como líderes de mercado.

O discurso de que a startup está investindo baseada no valor futuro da empresa e que precisa crescer a todo custo não deve perdurar em um mercado mais exigente. Essa mudança no perfil do investidor tem mexido com até com as grandes empresas, como Nubak, Uber e Netflix, que estão se deparando com concorrentes – muitas vezes com maior poder de capital – além dos investidores mudando as suas prioridades.

UNICÓRNIOS

Talvez você não conheça este termo, mas, “startups unicórnio” são empresas de tecnologia privadas avaliadas em mais de um bilhão de dólares que ainda não realizaram o IPO (Initial Public Offering), ou seja, não abriram capital em bolsas de valores. Essas startups têm como característica comum a inovação dentro do mercado que estão inseridas.

No Brasil, ondas de demissões em startups unicórnios estão sendo noticiadas, pegando funcionários e todo o mercado de surpresa. Isso aconteceu em empresas como Quinto Andar, Loft, Creditas e Facily, grandes startups brasileiras que realizaram cortes nos quadros de funcionários. No Linkedin, maior rede social de negócios, houveram muitas movimentações contra essas organizações.

Mas, o que levou às demissões? Basicamente, a necessidade de reduzir gastos e aumentar a receita. Essas startups precisam apresentar para seus investidores resultados financeiros positivos. Além disso, existe uma necessidade de ter dinheiro em caixa, visando segurança e estabilidade. O momento é de guardar para se estabilizar, não de gastar para crescer. Isso pode ser o que vai garantir o funcionamento da startup no futuro.