A pandemia do COVID-19 impactou economicamente todas as famílias brasileiras e muitos boletos não estão em dia. Mas, em São Paulo, a taxa de inadimplência no pagamento da cota condominial do mês de agosto ficou em 2,76%, o menor percentual desde o início da pandemia, em março.

O levantamento foi feito pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC). Os dados abrangem uma amostra de 2.466 condomínios de 11 empresas associadas.

O índice registrado no mês passado é também o menor já apurado para o mês desde a criação da série histórica, em 2004. Em agosto daquele ano, o percentual era de 5,97%.

O isolamento social provocou mudanças significativas na vida das pessoas e também nas relações com o condomínio.

Com a necessidade de ficar em casa, muitos condôminos passaram a valorizar mais o espaço de convivência coletiva e os serviços prestados pelo condomínio.

 “A taxa de condomínio já se tornou prioridade no orçamento familiar”, explica José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC.

Mas só são considerados inadimplentes os proprietários e inquilinos que atrasam o pagamento da cota condominial por 90 dias após a data do vencimento.

A AABIC também pesquisou o índice que sinaliza estabilidade na inadimplência para pagamento dos aluguéis de imóveis residenciais e comerciais.

O percentual de 4,08% registrado em agosto foi inferior aos 4,25% de julho. Durante a pandemia, o índice chegou a variar de 2,05% até os 4,25% do mês passado.

O que, na visão da entidade, também corresponde a um padrão de normalidade no mercado.

Segundo a associação, este número sem grandes oscilações por conta dos acordos nos contratos feitos entre inquilinos e proprietários durante a pandemia.

“Esse ambiente de livre negociação ajudou o setor a absorver com naturalidade os efeitos da crise, mantendo índices de inadimplência abaixo de 5%”, reforça Graiche Júnior.