Incorporação imobiliária é como se chama o processo no qual um prédio que será construído é incorporado ao terreno. Na prática, trata-se da venda de imóveis na planta ou durante a execução da obra. Esta é uma atividade muito importante, causadora de grande impacto na economia brasileira.

“Além de grande geradora de empregos para uma mão de obra que não teve a oportunidade de avançar nos estudos, a sua cadeia produtiva envolve indústrias de diversas naturezas, como cimento, aço, madeira, tijolos e dezenas de outros insumos”, explica o engenheiro civil Ricardo Bidone, que é conselheiro da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul.

Ao longo dos anos, várias novidades surgiram para este segmento, como a lei de número 10.931, de 2004, que dispôs sobre o patrimônio de afetação. “Se a incorporadora não conseguir concluir o empreendimento, os adquirentes dos imóveis podem contratar, legalmente respaldados, outra empresa para concluí-lo”, destaca o engenheiro.

O mercado acaba de mudar, diante de nossos olhos e para sempre, mas o incorporador bem informado já enxergou essa tendência

Ricardo Bidone, conselheiro da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul

Para ele, a pandemia determinará mudanças definitivas nesse setor, em benefício de seus clientes, afinal, o imaginário das pessoas, por algumas gerações, guardará o medo de uma nova pandemia.

“Esse receio gerará demanda por imóveis com maiores áreas envidraçadas, com sacadas e varandas. A ventilação cruzada, que facilita a circulação de ar, nunca foi tão importante. O desejo de trabalhar a partir do conforto e da proteção sanitária da própria casa consagrou o ‘home office’. O mercado acaba de mudar, diante de nossos olhos e para sempre, mas o incorporador bem informado já enxergou essa tendência”, conclui Ricardo Bidone.