O risco de desmoronamento provocado pelas rachaduras que tomam parte do bairro do Pinheiro fez a prefeitura realizar uma ampla reunião com técnicos, especialistas e moradores da localidade. De acordo com os estudiosos, a retirada de pessoas das áreas mais críticas deve ocorrer antes da quadra chuvosa de abril.

A explicação foi dada pelo engenheiro da Defesa Civil Nacional Rafael Machado, durante encontro na sede da prefeitura, no bairro de Jaraguá.

Os detalhes sobre o esquema para a retirada, em caráter de emergência serão apresentados nesta sexta-feira, 18, no Palácio República dos Palmares, pela Defesa Civil Estadual.

Em caso de saída rápida, os moradores devem ser encaminhados para o 59° Batalhão de Infantaria Motorizado. A informação, porém, ainda não foi confirmada pelo órgão.

Entre os meses de fevereiro e março do ano passado, a terra tremeu e deixou várias rachaduras em vias públicas, casas e estabelecimentos comerciais. Até o momento, não se sabe o que teria provocado tal fenômeno apontado como sendo o primeiro já registrado no País.

No bairro, o clima é de revolta e indignação com o poder público. Alguns moradores denunciam que a prefeitura não interditou as vias que estão com rachaduras mais expostas. O destaque é para a Alameda São Benedito, onde, além de buracos das rachaduras, a rua apresenta vários pontos de rebaixamento. Ainda assim, não teve o tráfego proibido.

“O terreno está cedendo. A prefeitura esteve aqui e não cercou, nem colocou nada para evitar a passagem de carros. Fomos nós mesmos que colocamos algo para informar aos motoristas”, diz um cidadão sem se identificar.

Na mesma localidade, o muro que cerca um dos prédios do Conjunto Jardim das Acácias apresenta risco de queda conforme relato do morador. Mesmo assim, como não há sinalização, a calçada continua sendo usada por moradores da região.

Fonte: Gazetaweb