O trabalho informal no setor da construção civil é maior nas regiões Norte e Nordeste, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), obtidos por meio da PNAD Contínua. As informações são de que o percentual de pessoas na informalidade no Brasil é em torno de 68%, chegando a 80% na Região Norte, 77% na Região Nordeste, 70% na Região Centro-Oeste, 65% na Região Sudeste e em torno de 50% na Região Sul.

Os dados foram apresentados pelo diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, durante participação no Quintas da CBIC, uma live semanal promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Ele informou que o Instituto tem um mapeamento muito claro de como está a informalidade no país, por UF e região metropolitana.

“Apesar de ser vista como um aparelho amortecedor da crise, no longo prazo a informalidade não é boa para ninguém, nem para o estado e nem para a sociedade, e afeta de forma importante a vida das pessoas”, destacou, enfatizando que é preciso trabalhar e produzir políticas públicas para reduzir essa informalidade e que a PNAD Contínua tem dados sobre a renda total e de quanto a pessoa paga de aluguel.

“Dados como esse podem impulsionar o setor a trabalhar por uma maior formalização dentro da construção civil. Assim como confirmam a percepção do setor sobre localidades com mais informalidade, mas não tinham números que pudessem comprovar”, destacou a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.

A economista comentou a importância dos dados, pois apesar de a indústria da construção estar com 68% de informalidade, mais que a média do país em 2021, a formalidade no setor avançou de 2018 para cá, quando era de 30,3% e passou para 31,4%.

Censo IBGE  2022

O diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Pereira, aproveitou para pedir o apoio do setor da construção na divulgação da importância do Censo Brasil, em que o IBGE começa a fazer a partir do dia 1º de agosto e que visa fornecer uma base confiável para a contagem precisa da população de um país em um ponto no tempo.

O desafio é atingir 215 milhões de pessoas, recenseando 76 milhões de domicílios de agosto a outubro deste ano. Os dados serão apurados nos meses de novembro e dezembro.