O casual dining tem caído no gosto dos brasileiros, mas foi criado nos Estados Unidos. Tanto lá como cá, o nome tem sido utilizado para designar redes de restaurantes que se alocam em uma posição intermediária entre fast-food e gastronomia ‘gourmet’. E agora, observamos o surgimento e a consolidação de redes de franquias de casual dining que, ao lado da área de comida orgânica/natural, são tratadas como a bola da vez no segmento de alimentação fora do lar.

Essas redes servem pratos que podem variar de hambúrgueres e frutos do mar a costelinhas ao molho barbecue, além de porções generosas de batatas, frangos e outras iguarias. Segundo dados coletados de segmentos alimentares de Food Service, a área de alimentação que mais cresce no Brasil é de casual dining, a uma média anual entre 15% a 20%, mesmo na crise.

Desde 2010, essas redes cresceram 20% ao ano no Brasil, segundo um estudo da consultoria GS&MD. Ainda de acordo com a entidade, até 2020, o segmento deve crescer num ritmo de 25% ao ano, mais que o dobro da taxa média do setor de restaurantes. O faturamento dessas redes deve chegar a R$ 5 bilhões em dois anos, na avaliação da consultoria.

Ouvidos pelo Portal do Franchising, especialistas e consultores em franchising e varejo apontam como um dos principais diferenciais das franquias de casual dining a menor concorrência se comparada à observada em redes de fast food comuns. Também não é anormal, por exemplo, encontrar filas de até duas horas para reservar um lugar nesse tipo de restaurante, o que mostra a força da demanda pelo serviço. Para o sócio-diretor da consultoria especializada em varejo GoAkira, José Carlos Fugice Jr, de fato, as franquias de casual dining fazem parte de uma tendência cada vez mais fortalecida no segmento de Alimentação. E ele conta por quê.

Atualmente, um terço de todo o gasto dos brasileiros com comida ocorre fora do lar, seja em restaurantes, lanchonetes, padarias e outros estabelecimentos, segundo a pesquisa da GS&MD. Até 2020, esse número chegará a 40%. As franquias de casual dining atendem de maneiras diferentes essa disposição de consumo crescente em várias faixas de renda. No caso das classes A e B, é uma opção para a refeição rotineira. Já para as classes C e D, é uma opção casual.