A Hipertensão Arterial é uma das doenças cardiovasculares que mais matam no mundo. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos. A doença é mais prevalente em mulheres e pode ser primária, quando é causada por fatores genéticos, ou secundária, quando é decorrente de outros problemas de saúde, com obesidade, doenças renais ou da tireoide.

O cardiologista do Sistema Hapvida Maceió, Dr. Maurício Macias, afirma que o consumo excessivo de sal não é o único vilão da doença e que fatores como predisposição genética, estilo de vida, estresse, envelhecimento e pouca atividade física também colaboram para o surgimento da hipertensão arterial.

Conhecida, também, como “pressão alta”, a doença é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial acima de 140×90 mmHG. O especialista lista os principais sintomas da patologia. “Tontura, dor de cabeça frequente, alterações na visão e palpitações são sinais de alerta, mas é importante destacar que ela também pode ser uma doença silenciosa. Por isso, é fundamental medir regularmente a pressão arterial pelo menos uma vez ao ano”, diz.

Aferição da pressão arterial

O médico afirma que é preciso adotar alguns cuidados no momento da aferição, bem como consultar um médico cardiologista para avaliação médica anualmente. No caso de pessoas que já possuem a doença, o acompanhamento deve ser ainda mais frequente.

“Antes de medir, é recomendado repouso de 15 minutos em ambiente calmo e evitar o consumo de álcool, café, exercícios ou fumar antes do procedimento”. O cardiologista também aconselha a não falar durante a aferição, que deve ser realizada, preferencialmente, com o paciente sentado ou deitado.

Tratamento

Derrame cerebral, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica são algumas das principais complicações da hipertensão arterial, que não tem cura. Entretanto, o tratamento adequado é fundamental para evitar prejuízos à saúde.

“Nos pacientes hipertensos leves, a alimentação saudável, a diminuição do consumo de bebidas alcóolicas, o controle do peso corporal e a prática da atividade física moderada já podem ser suficientes para controlar os níveis tensionais”, informa Macias.

“A terapia farmacológica também pode ser uma alternativa, como o uso de diuréticos e betabloqueadores, por exemplo. Independentemente do tipo de tratamento empregado, o cuidado contínuo amplia a qualidade de vida do paciente”, finaliza o médico.

Maurício Macias, cardiologista.