O mercado imobiliário parece não ter sentido tanto os impactos negativos causados pela pandemia do COVID-19. O setor pode, inclusive, comemorar a continuidade do crescimento, apesar da crise sanitária. Desde 2018, o mercado evolui em volume de vendas e em 2020 não foi diferente. Os Indicadores Imobiliários Nacionais registram alta de 8,4% nas vendas de imóveis novos nos nove primeiros meses do ano – na comparação com o mesmo período do ano passado. A pesquisa é feita pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em parceria com o Senai em 150 cidades brasileiras.

Outro dado positivo é o crescimento no número de lançamentos no terceiro semestre, na comparação com o segundo. Houve uma alta de 114%.

Além disso, o terceiro trimestre de 2020 também se destacou nas vendas: 57,5% maior que o trimestre anterior; 23,7% melhor que o mesmo período do ano passado.

José Carlos Martins, presidente da CBIC - Sienge
José Carlos Martins, presidente da CBIC

“A primeira constatação é que apesar do aumento dos lançamentos no 3º trimestre deste ano, eles ainda não foram suficientes para recuperar toda a perda do primeiro semestre, que foi de 44%. Mas a nossa maior preocupação reside no desabastecimento de insumos. A lei da oferta e procura, o aumento de preço e o atraso de entregas geram dificuldades de manutenção do cronograma de obras. Se isso não for resolvido, pode gerar um temor para o setor”, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Terceiro trimestre

Ainda análise recortada apenas do terceiro trimestre, é possível ver que o mercado ganhou fôlego. Com exceção da região Sul, todas as outras tiveram um número positivo de unidades residenciais lançadas. Com destaque para a região Sudeste.

E tem mais, no comparativo entre lançamento x vendas, balanço de unidades residenciais lançadas e vendidas, a curva gráfica mostra tendência é de crescimento no acumulado dos últimos 12 meses. Foram 183.093 vendidas e 152.406 lançadas.